Evento virtual vai debater soluções para o problema da erosão costeira

Evento virtual vai debater soluções para o problema da erosão costeira

Problema ambiental que há décadas vem provocando profundas transformações em paisagens do Brasil e do mundo, a erosão será o tema principal do 5º Workshop de Gerenciamento Costeiro “Intervenções nos terrenos de marinha em linha de costa: orientações técnico-científicas, base normativa e prevenção de impactos aos usuários diretos”. O evento, que neste ano ocorrerá na modalidade virtual em função da pandemia de Covid-19, será realizado na manhã do próximo dia 8 de junho pelo Ministério Público do Paraná, por meio núcleo de Paranaguá do Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente, Habitação e Urbanismo (Gaema), e pela Universidade Federal do Paraná.

Durante o encontro, serão discutidas soluções técnicas de menor impacto ambiental e de baixos custos de investimento e manutenção. Segundo a promotora de Justiça Priscila da Mata Cavalcante, que coordena o evento, o foco principal é a erosão costeira, mas as alternativas e os princípios discutidos podem ser aplicados a qualquer tipo de terreno, já que a erosão é uma situação que atinge ambientes distintos, de praias a áreas urbanas e rurais.

Decisões inclusivas – Priscila destaca que para se conter a erosão é necessário adotar boas práticas de gestão, esforços conjuntos e ações propositivas que envolvam também os usuários diretos dos ambientes em questão, como pescadores artesanais e surfistas no caso do litoral. “A proteção do patrimônio natural e cultural e seus serviços ecossistêmicos podem atender e aperfeiçoar as orientações legais e promover esclarecimentos aos usuários de tais territórios e ambientes, visando decisões possivelmente mais integradas e inclusivas”, comenta.

O professor Daniel Hauer Telles, do Centro de Estudo do Mar da UFPR, acrescenta que a relação entre os fenômenos oceanográficos e os padrões de uso e ocupação dos terrenos de marinha em linha de costa demanda, na condução dos problemas de gestão costeira, esclarecimentos científicos e normativos, conscientização e participação social, estratégias preventivas e segurança jurídica. “Por isso, pretendemos promover nesse evento a qualificação do debate, que é de suma atualidade para a sociedade brasileira e paranaense, e amplificar o conhecimento sobre intervenções nos terrenos de marinha em linha de costa”, esclarece.

Programação – O início do workshop está programado para as 8 horas do dia 8. Durante a abertura, será feita uma homenagem ao professor Carlos Roberto Soares, geólogo falecido no ano passado que atuava no Centro de Estudos do Mar da UFPR.

Logo depois, terá início o painel “Contextualização da temática na agenda da gestão costeira paranaense”, com a participação de Josiane Aline Silva, representante da Secretaria do Patrimônio da União, Paulo Roberto Castella, da Secretaria Estadual do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, e da promotora de Justiça Priscila da Mata Cavalcante. A mediação será feita pelo professor Daniel Telles.

O segundo painel, com o tema “Intervenções em linha de costa no Brasil: estado da arte, diretrizes oficiais e lições aprendidas”, terá como participantes os professores Rodolfo Ângulo, do Laboratório de Estudos Costeiros da UFPR, Flavia Moraes Lins de Barros, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Eduardo Siegle, do Instituto Oceanográfico da USP, e Régis Pinto Lima, do Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade. O debate será mediado por Renata Nagai, da UFPR.

“Resiliência aos impactos de obras e ações preventivas aos usuários do surf e da pesca artesanal” é o tema do último painel, que contará com as participações de Rodrigo Medeiros, do Centro de Estudos do Mar da UFPR, Juliana Quadros, também docente da UFPR, Davis Gruber Sansolo, da Universidade Estadual de São Paulo, e João Malavolta, do projeto Ecosurf. A mediação caberá à professora Manoela Dreyer, da UFPR.

Após as apresentações, serão feitos os encaminhamentos finais sobre os assuntos apresentados. O evento, que não exige inscrição prévia para participação, pode ser acompanhado aqui.

Fonte: MPPR

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