Ministério Público do Paraná empossa novo procurador de Justiça
O Colégio de Procuradores do Ministério Público do Paraná recebeu nesta terça-feira, 9 de fevereiro, Adauto Salvador Reis Facco como novo integrante. A solenidade de posse foi realizada na sala de reuniões do gabinete da Procuradoria-Geral de Justiça, no Bloco II da sede da instituição, em Curitiba, e contou com a presença de membros e servidores, além de familiares e amigos do empossado. A cerimônia também foi transmitida ao vivo pelo canal do MPPR no YouTube para aqueles que não puderam estar presentes, diante da restrição de público exigida em virtude da pandemia.
Durante a sessão solene, presidida pelo procurador-geral de Justiça, Gilberto Giacoia, Adauto Salvador Reis Facco prestou o compromisso legal ao assumir o novo cargo e recebeu a tradicional veste talar, colocada por sua esposa, Ana Angélica. Em seguida, assinou o termo de posse, lido pelo promotor de Justiça Paulo Sergio Markowicz de Lima, secretário do Conselho Superior do Ministério Público.
Boas-vindas
Representando o Colégio de Procuradores de Justiça, Arion Rolim Pereira deu as boas-vindas ao colega e amigo, destacando suas “inúmeras qualidades”, como a fidelidade, a correção e a modéstia, os conceitos “invejáveis” em correições, além dos elogios descritos em sua ficha funcional. “Sua chegada traz grande alegria e será a renovação esperada no Colégio de Procuradores, que agora se engrandece”, enfatizou.
Na sequência, o presidente da Associação Paranaense do Ministério Público (APMP), o promotor de Justiça André Tiago Pasternak Glitz, fez um resumo da trajetória do novo procurador de Justiça, ressaltando a combatividade como marca do exercício de suas atividades. “Essa história revela comprometimento e sentimento de gratidão, pois se o exercício do múnus público decorrente de sua atuação como membro do Ministério Público surge como dever, que, no caso, sempre foi exemplarmente cumprido, sua contribuição voluntária e com inegável sacrifício pessoal para a nossa APMP, em especial, confirmam a vocação para a luta pela preservação das vocações que o fizeram chegar até o dia de hoje.”
Em sua fala, o procurador-geral de Justiça, Gilberto Giacoia, contou que a história que tem com Adauto Facco vem de muitos anos, antes mesmo do Ministério Público, dos tempos da Faculdade de Direito de Jacarezinho, ainda no ano de 1987. Giacoia agradeceu a Adauto os anos de entrega ao MPPR enquanto promotor de Justiça e dedicou a ele algumas palavras: “o resgate de nossa humanidade passa em grande parte pelo enunciado maior de nossa vocação no Ministério Público, que é exatamente abandonar o ego em direção ao álter e produzir a felicidade das pessoas destinatárias de nossos serviços. O flagelo imenso que vivenciamos, que causa tanta dor e sofrimento, nos leva à reflexão de que mesmo um vírus tão cruel, que abate tantas vidas, não pode matar nossa história, que prossegue sendo escrita por mulheres e homens de honra. E, para ser digno dela, é preciso continuar a edificá-la com obstinação, com destemor, com ideal, com o coração, como você, Adauto, está ajudando a escrevê-la”, disse o PGJ.
Todas as vidas importam
No início de seu discurso, além de reiterar a forte relação de afeto que tem com Gilberto Giacoia, seu professor de Processo Penal em Jacarezinho no ano de 1987, Adauto Salvador Reis Facco falou da responsabilidade de ocupar a vaga do procurador aposentado Luís Roberto de Vasconcellos Pedroso, que deixou o Ministério Público após 50 anos de carreira, voltando a agradecer Giacoia por ter sido sua grande referência no começo da carreira.
Afirmou ainda que, embora vá exercer novas atribuições no cargo de procurador de Justiça, não pode dizer que se trata de um novo começo, mas de uma continuidade. “Não quero e nem devo abdicar de defender as tão caras funções institucionais a nós conferidas pelo constituinte de 1988, que eu, como promotor, defendi ou, dentro das minhas limitações, procurei defender. O que muda, então, é o alcance do olhar e o palco da contenda.”
Adauto também fez referência à defesa do regime democrático, que, segundo ele, é desafiado diariamente. “Espero que o futuro não nos surpreenda com o esgarçamento do tecido onde a nossa democracia foi confeccionada, o que vai depender daquilo que hoje fizermos, cidadãos e instituições, sob pena de concretizar a profecia contida no poema ‘A montanha que escalamos’, declamado por Amanda Gorman, na posse do presidente americano Joe Biden: ‘nossa inação e inércia serão a herança da próxima geração’.” E finalizou: “ao meu Ministério Público todas as vidas importam, todas as injustiças importam, todas as carências sociais importam, todos os interesses coletivos e difusos importam, assim como importam todos os gêneros, raças, etnias e credos.”
Trajetória
Adauto Salvador Reis Facco ingressou na carreira em setembro de 1989 e foi promotor substituto em Telêmaco Borba e titular em Palmital, Ribeirão do Pinhal, Colombo e Curitiba. Exerceu sua última titularidade nas Promotorias das Varas Cíveis, na capital. Ainda em Curitiba, atuou na Promotoria de Proteção ao Patrimônio Público e na Coordenadoria de Recursos Cíveis.
Especializado em Direito Administrativo, foi professor de Legislação do Ministério Público na Fundação Escola do Ministério Público do Paraná (Fempar), onde também desempenhou o cargo de diretor financeiro. Atuou como tesoureiro da Associação Parananse do Ministério Público (APMP) e integrou o Conselho Administrativo da Cooperativa de Crédito, Poupança e Investimento dos Integrantes da Magistratura e do Ministério Público do Paraná (Sicredi Credjuris).
Fonte: MPPR